Para Bauer, a educação tem que ser realmente considerada como uma atividade essencial. "Por isso dizemos que as escolas devem ser as últimas a fechar e as primeiras a reabrir", afirma. Um pico como o que atravessamos justificaria o fechamento das escolas. "Você pode fechar uma vez que todas as medidas foram tomadas. Fecham-se os transportes, as praias, escritórios, restaurantes, bares, e todo o resto. Se tudo isso não der certo, então talvez seja necessário suspender por um período as atividades presenciais", explica.
Não foi o caso no Brasil, onde, durante o ano passado e começo deste ano, a maioria dos estados abriu mão de confinamentos rígidos, mas manteve os alunos longe das salas de aula. A expectativa era de uma volta gradual a partir de janeiro, mas o agravamento da pandemia e a lentidão na vacinação impediram a reabertura das escolas.
Protocolo
Bauer também sublinha que reabrir as escolas requer o cumprimento de medidas que garantam segurança. "As escolas devem funcionar com protocolos que incluem distanciamento físico, ventilação, lavagem de mãos, uso de máscaras em todos os momentos.
Estas medidas devem ser adaptadas à realidade local e à situação epidemiológica."
Para isso, a coordenação e o diálogo entre professores, alunos, famílias e os outros adultos que trabalham na escola e as autoridades de saúde e educação do município é fundamental. "Para sentar juntos e decidir quais são as melhores opções, adaptadas à realidade do lugar", explica.
Todos os países do mundo, em algum momento, fecharam suas instituições de ensino. Mas a América Latina foi a região com o período mais longo de fechamento. "A média no mundo, segundo dados de janeiro, é de duas semanas; na América Latina essa média é de 30 semanas", afirma.