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<div><span style="font-size:24px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Segundo FUP, greve chega ao 18º dia, com o protesto atingindo 120 unidades da Petrobras.</span></span></div> <div> </div> <hr /> <div><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou nesta terça-feira que irá recorrer da decisão do ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), e que a greve da categoria será mantida.</span></span></div> <div> </div> <div><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Na véspera, o <a href="https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/02/17/ministro-do-tst-considera-greve-abusiva-e-ilegal-e-autoriza-sancoes-a-petroleiros.ghtml">ministro do TST considerou a greve dos petroleiros 'ilegal'</a>, atendendo a pedido da Petrobras. Ele autorizou ainda que a estatal tome "medidas administrativas cabíveis", como corte de salários, sanções disciplinares e demissão por justa causa.</span></span></div> <div> </div> <div><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">A decisão afirma que a greve não pode permanecer nos moldes que está, mas não proíbe paralisações - o <a href="https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/02/12/toffoli-confirma-determinacao-do-tst-para-que-90percent-dos-petroleiros-trabalhem-durante-greve.ghtml">STF e o TST tinham autorizado o movimento com 90% trabalhando</a>. Segundo a Petrobras, a decisão impede qualquer movimento, mas juristas entendem que o direito é constitucional e que a decisão não proibiu. O julgamento definitivo da questão no TST está marcado para 9 de março.</span></span></div> <div> </div> <div><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Na decisão, o órgão disse ainda que a paralisação tem motivação política, desrespeita a lei de greve e as ordens judiciais para manter um percentual mínimo de trabalhadores em atividade.</span></span></div> <div> </div> <div><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Em nota, a <strong>FUP reafirmou que a greve entra nesta terça-feira em seu 18º dia</strong>, informando que orientou "que os petroleiros mantenham a greve e sigam as recomendações dos sindicatos em relação às tentativas de intimidação e assédio dos gestores da Petrobras".</span></span></div> <div> </div> <div><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">"Na greve de novembro do ano passado, quando o ministro Ives Gandra decidiu isoladamente definir como ilegal a greve dos petroleiros, ele foi derrotado por seus pares na Seção de Dissídio Coletivo (SDC) do TST", lembrou a federação.</span></span></div> <div> </div> <div><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">“O mínimo que se esperava era que o ministro Ives Gandra respeitasse a decisão anterior de seus pares na SDC, o que não ocorreu”, disse o diretor da FUP, Deyvid Bacelar, criticando a decisão "monocrática" que sobre a ilegalidade da greve.</span></span></div> <div> </div> <div><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Segundo a FUP, a <strong>greve entra em seu 18º dia, com o protesto atingindo 120 unidades e adesão de mais de 21 mil trabalhadores</strong>. "Qualquer decisão sobre a greve será deliberada coletivamente em assembleias, previamente convocadas pela FUP e seus sindicatos", acrescentou.</span></span></div> <div> </div> <div><strong><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Petrobras diz que não há impactos na produção</span></span></strong></div> <div> </div> <div><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">A Petrobras informou na noite de segunda, por meio de nota, que "não há impactos na produção de petróleo e de combustíveis decorrentes da greve" e que "nenhuma plataforma de produção, refinaria, unidade de processamento de gás natural ou térmica teve adesão total à paralisação irregular."</span></span></div> <div> </div> <div><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">"A Petrobras já notificou as entidades sindicais da decisão e aguarda que todos os empregados retornem às suas atribuições imediatamente", acrescentou.</span></span></div> <div><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Na sexta-feira (14), o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que a <a href="https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/02/14/abastecimento-segue-regular-apesar-de-greve-na-petrobras-diz-anp.ghtml">estatal não registrou perdas na produção apesar da greve</a>, já que conta com equipes de contingência nas unidades.</span></span></div> <div> </div> <div><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif"><img alt="Petroleiros protestam em frente à sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, durante greve da categoria — Foto: Marcelo Carnaval/Reuters" src="https://s2.glbimg.com/fyB1mUyoLG7DSrHxe0284nFMKa0=/0x0:6568x4356/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2020/q/R/xhn6wdQPaa27Ykc6nSBQ/2020-02-07t232022z-1-lynxmpeg161tv-rtroptp-4-energia-petrobras-1-.jpg" title="Petroleiros protestam em frente à sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, durante greve da categoria — Foto: Marcelo Carnaval/Reuters" /></span></span></div> <div><strong><span style="font-size:16px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Petroleiros protestam em frente à sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, durante greve da categoria — Foto: Marcelo Carnaval/Reuters</span></span></strong></div> <div> </div> <div><strong><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Reivindicações</span></span></strong></div> <div> </div> <div><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">A paralisação começou em 1º de fevereiro. A categoria pede a suspensão das <a href="https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/02/01/petroleiros-iniciam-greve-nesta-sabado-em-10-estados-do-pais-petrobras-diz-que-producao-nao-e-afetada.ghtml">demissões em uma subsidiária da Petrobras, a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen)</a>. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), as demissões afetam mais de mil famílias.</span></span></div> <div> </div> <div><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Os petroleiros também querem o estabelecimento de negociação com a Petrobras para cumprimento de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que, segundo a federação, vem sendo descumpridos. A FNP aponta ainda entre as reivindicações o fim da política de paridade de preços com o mercado internacional.</span></span></div> <div> </div> <div><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Em nota divulgada no início da greve, a Petrobras afirmou que o movimento é "descabido" e que tomou as providências necessárias para garantir a continuidade das atividades. De acordo com a estatal, todos os compromissos assumidos na negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2019-2020 vêm sendo integralmente cumpridos por parte da empresa.</span></span></div> <div> </div> <div><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">"As justificativas são infundadas e não preenchem os requisitos legais para o exercício do direito de greve. Os compromissos pactuados entre as partes vêm sendo integralmente cumpridos pela Petrobras em todos os temas destacados pelos sindicatos", afirmou a Petrobras.</span></span></div> <div> </div> <div><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Na decisão da véspera,<a href="https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/02/17/ministro-do-tst-considera-greve-abusiva-e-ilegal-e-autoriza-sancoes-a-petroleiros.ghtml"> Gandra entendeu que a greve teve motivação política </a>porque foi deflagrada em solidariedade a empregados dispensados de subsidiária.</span></span></div> <div> </div> <div><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">O ministro afirmou na decisão que os sindicatos vinham "descumprindo ostensivamente as referidas ordens judiciais e se gabando da maior adesão ao movimento, em completo descaso para com a população".</span></span></div> <div> </div> <div><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">O ministro ordenou que, em caso de descumprimento, os sindicatos paguem entre R$ 250 mil e R$ 500 mil por dia, a depender do porte da entidade, além de ter contas bloqueadas.</span></span></div> <div> </div>