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Ataque foi feito no banco de dados do NIS (Número de Identificação Social)
O sistema da
Caixa
sofreu uma tentativa de invasão de
hackers
na noite da última quarta-feira, 14, que obrigou o banco a tirar do ar o sistema que contém dados de beneficiários de programas sociais, como o
Bolsa Família
, e trabalhadores.
O ataque foi feito no banco de dados do
NIS (Número de Identificação Social)
. De acordo com informações do site do próprio banco, devem ser cadastrados no NIS trabalhadores da iniciativa privada, beneficiários de programas sociais (o cadastro é feito pelo gestor do programa) e beneficiários de políticas públicas (o cadastro é feito pelos ministérios).
Agência da Caixa.
Foto: José Cruz / Agência Brasil / Estadão Conteúdo
Ainda segundo o site, para os trabalhadores, este número é usado para identificá-los no recolhimento e recebimento do FGTS, seguro-desemprego, abono salarial e também no ato da
aposentadoria
.
Procurada pelo
Estadão/Broadcast
, a Caixa confirmou a tentativa de invasão. Em nota, o banco diz que "identificou, na noite de 14 de agosto de 2019, tentativa de acesso indevido ao sistema corporativo que possui informações cadastrais de cidadãos" e que tomou as medidas necessárias para "impedir a concretização de possíveis fraudes e garantir a segurança dos dados dos cidadãos". Segundo a Caixa, o ataque não atingiu o sistema que armazena informações do FGTS.
O
Estadão/Broadcast
apurou com fontes a par do assunto que o sistema foi derrubado ainda na noite de quarta, na tentativa de conter a invasão. Até o momento, o sistema segue fora do ar.
Em nota, a Caixa afirmou que utiliza as "melhores práticas" e ferramentas especializadas em segurança cibernética e atua constantemente na prevenção de eventuais ocorrências de fraudes. O banco diz ainda que realiza o monitoramento das operações e dos acessos aos sistemas que custodiam as informações dos seus clientes e dos cidadãos brasileiros que utilizam seus serviços.
O governo anunciou no dia 27 de julho a liberação de R$ 42 bilhões do FGTS de contas ativas (dos contratos atuais) e inativas (de contratos anteriores), a partir de 13 de setembro, e do Fundo PIS-Pasep, a partir de 19 de agosto. Os trabalhadores poderão sacar até R$ 500 de cada conta que possuírem no FGTS, ativa ou inativa. A partir de 2020, os trabalhadores poderão fazer saques anuais de suas contas no FGTS. O valor do saque anual será um porcentual do saldo da conta do trabalhador. Os trabalhadores poderão fazer os saques inclusive em lotéricas, apenas com identidade, sem necessidade de cartão e senha, apenas com RG e CPF, desde que o valor seja inferior a R$ 100.
"É importante enfatizar que o cidadão deve manter seus dados cadastrais atualizados e que o Cartão do Cidadão e a senha são pessoais e intransferíveis, não devendo ser fornecidos para outra pessoa. O titular do cartão deve guardá-lo em local seguro e deve ser evitada a prática de se anotar senhas em papéis, especialmente aquelas que possibilitam transações financeiras", recomendou o banco, em nota.
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