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<div style="text-align:center"><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif"> <img alt="Seis franceses são condenados à morte em três dias no Iraque" src="https://cdn-istoe-ssl.akamaized.net/wp-content/uploads/sites/14/2019/05/add5f8f07598d342465e5b817421864f62f478f8-2.jpg" title="Seis franceses são condenados à morte em três dias no Iraque" /></span></span></div> <div style="text-align:center"><strong><span style="font-size:16px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Captura de tela de vídeo de propaganda do EI de 17 de março de 2014 no Iraque - AL-FURQAN MEDIA/AFP/Arquivos</span></span></strong></div> <div style="text-align:center"> </div> <div style="text-align:justify"><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Metade dos 12 franceses julgados no Iraque foram condenados à morte em três dias por se juntarem ao grupo extremista Estado Islâmico (EI), enquanto Paris afirma que tentará evitar a execução dos seus cidadãos.</span></span></div> <div style="text-align:justify"> </div> <div style="text-align:justify"><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Brahim Nejara, de 33 anos, acusado pela inteligência francesa de ter facilitado o envio de jihadistas à Síria, e Karam El Harchaoui, que completará 33 anos na quinta-feira, foram condenados à morte nesta terça-feira por um tribunal em Bagdá, depois de terem sido transferidos no final de janeiro da Síria, onde estavam sendo mantidos por uma aliança antijihadista curdo-árabe.</span></span></div> <div style="text-align:justify"> </div> <div style="text-align:justify"><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">No domingo e segunda-feira, Kévin Gonot, Léonard Lopez, Salim Machou e Mustapha Merzoughi também foram condenados à morte por enforcamento. Todos esses condenados têm 30 dias para apelar.</span></span></div> <div style="text-align:justify"> </div> <div style="text-align:justify"><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Seis outros franceses transferidos da Síria serão julgados nos próximos dias no Iraque, onde qualquer um que se junte a uma organização “terrorista” – como combatente ou não – é punido com a morte.</span></span></div> <div style="text-align:justify"> </div> <div style="text-align:justify"><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Nesta terça, o chefe da diplomacia francesa, Jean-Yves Le Drian, assegurou na rádio France Inter que Paris “multiplicou suas ações para evitar a pena de morte” aos franceses.</span></span></div> <div style="text-align:justify"> </div> <div style="text-align:justify"><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Bagdá já condenou mais de 500 estrangeiros do EI – homens e mulheres – mas nenhum foi executado até agora.</span></span></div> <div style="text-align:justify"> </div> <div style="text-align:justify"><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Dois jihadistas belgas foram condenados à morte, enquanto um alemão condenado à morte teve a pena comutada à de prisão perpétua em recurso.</span></span></div> <div style="text-align:justify"> </div> <div style="text-align:justify"><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Esta série de vereditos relançou o debate sobre a questão dos jihadistas estrangeiros: o retorno aos seus países de origem é rejeitado pela opinião pública na Europa, onde Estado como a França rejeitam, ao mesmo tempo, a pena de morte.</span></span></div> <div style="text-align:justify"> </div> <div style="text-align:justify"><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">“Somos contra a pena de morte e dizemos isso claramente”, declarou Le Drian. Ele, no entanto, reiterou a posição de Paris de não trazer de volta para julgar seus cidadãos que se juntaram ao EI.</span></span></div> <div style="text-align:justify"> </div> <div style="text-align:justify"><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">“Esses terroristas semearam a morte no Iraque e devem, portanto, ser julgados onde cometeram seus crimes”, apontou.</span></span></div> <div style="text-align:justify"> </div> <div style="text-align:justify"><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Em 2018, os tribunais iraquianos emitiram 271 condenações à morte, quatro vezes mais que em 2017, segundo a organização Anistia Internacional.</span></span></div> <div style="text-align:justify"> </div> <div style="text-align:justify"><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Mas, neste mesmo ano, apenas 52 pessoas foram enforcadas por Bagdá, contra 125 em 2017.</span></span></div> <div style="text-align:justify"> </div> <div style="text-align:justify"><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Ao juiz, Brahim Nejara contou que “partiu da França para a Síria em 2014”, depois que o autoproclamado “califado” do EI chamou seus partidários a lutarem.</span></span></div> <div style="text-align:justify"> </div> <div style="text-align:justify"><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">“Minha esposa, minha filha e meu cunhado vieram comigo”, explicou.</span></span></div> <div style="text-align:justify"> </div> <div style="text-align:justify"><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Natural de Meyzieu, perto de Lyon, ele apareceu em um vídeo de propaganda do grupo terrorista após os atentados de novembro de 2015 na França (130 mortos).</span></span></div> <div style="text-align:justify"> </div> <div style="text-align:justify"><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Segundo o Centro de Análise do Terrorismo (CAT), com sede em Paris, ele incitou um de seus irmãos a cometer um atentado na França.</span></span></div> <div style="text-align:justify"> </div> <div style="text-align:justify"><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Já Karam El Harchaoui, francês de origem marroquina, disse ser “inocente”.</span></span></div> <div style="text-align:justify"> </div> <div style="text-align:justify"><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">“Não entrei no Iraque e não participei de nenhum combate nem na Síria nem no Iraque”, declarou, antes de explicar que viajou sozinho à Síria, onde teve duas esposas, todas as duas belgas.</span></span></div> <div style="text-align:justify"> </div> <div style="text-align:justify"><span style="font-size:22px"><span style="font-family:Times New Roman,Times,serif">Os julgamentos de Yassine Sakkam, 29 anos, e de Mohammed Berriri, 24, vão acontecer na quarta-feira.</span></span></div> <div style="text-align:justify"> </div>